Baruch Spinoza ou Bento Espinosa foi um filosofo holandês que ainda muito jovem aprendeu hebraico e as línguas clássicas, chamando a atenção da família e dos professores da escola judaica em que foi formado, em Amsterdã, pelos seus extraordinários dotes intelectuais e intuitivos. Na escola, o jovem estudante mergulhou fundo no estudo da Bíblia e das tradições judaicas, com especial ênfase no estudo do hebraico e do Talmude. Entretanto o estudo o levou a contestar doutrinas e o jovem filósofo pareceu tornar-se uma incômoda ameaça à comunidade judaica e a seus dogmas mais arraigados, e não faltou até mesmo uma tentativa de assassinato ao brilhante contestador. Foi excomungado, em 1656, com apenas 24 anos.
Espinosa defendeu que Deus e Natureza eram dois nomes para a mesma realidade. Ele afirmou que Deus sive Natura (Deus, isto é, Natureza) era um ser de infinitos atributos, entre os quais a extensão (matéria) e o pensamento eram os dois conhecidos por nós, humanos. Deus não é entendido por Espinosa como um Ser à parte e/ou externo ao mundo, que o governa como um engenheiro ou habilidoso artesão, mas como o próprio mundo: Divindade da Ordem Eterna da Natureza, muito superior ao entendimento fragmentado e antropomorfista humano. Para Espinosa todos somos partes ínfimas de Deus (ou do todo), partes ínfimas de sua potência. Não há um Deus externo metafísico, mas um Deus presente nas manifestações dele mesmo ou do que ele é. Sua concepção detona com o livre-arbítrio, pois restringe a liberdade a ser o que se efetivamente é. Parece muito restritivo, mas se formos pensar no temos hoje é muito mais que efetivamente podemos ser. É muito mais liberdade do que temos.
O professor filosofo Cláudio Ulpiano, especialista no pensamento dos estoicos, de Espinosa, Bergson e Deleuze, explica como se constituem pensamento e liberdade em Espinosa, inclusive o germe do que Nietzsche dois séculos depois chamaria de vontade de potencia, ou seja o único atributo que garante a liberdade.
Para quem deseja aprofundar neste assunto recomendamos a segunda parte da palesta:
O conceito apresentado por ele é um dos que mais se apresentam lógicos. Ele coloca Deus não como uma pessoa, mais como algo que esta ligado diretamente com a terra. Sua concepção é de um ser que faz ou transforma algo através da natureza, não como um ser que pune as pessoas, mais como um ser que é formado através das suas "criações".
ResponderExcluirALUNOS: Igor Galvan de Mattos -2º2301
Blener do Amaral -2º2301
Alisney Cavalcante -2º2301
Vocês entenderam muito bem o cerne da filosofia espinosana. Parabéns!
ExcluirNo seu conceito ele vê Deus de uma forma diferente,ligado mais na terra.Fala da natureza,aliás ele coloca Deus juntamente com a natureza sendo um só!Sua concepçao restringe a liberdade,o livre-arbítrio.
ResponderExcluirALUNA:Kesia Santos de Seles- 2º 2301
É isso mesmo!
ExcluirPara Espinosa Deus não é algo exterior que nos comanda, mas sim que somos parte dele, e que Deus esta ligado ao mundo e assim como natureza. Ele faz argumentos que nos faz pensa e discutir sobre o assunto e questionar sobre nosso livre-arbítrio como seres humanos.
ResponderExcluirCaroline Matos Faria-2º2301
Rosenir Gonçalves Costa-2º2301
Muito Bom.
ResponderExcluirSegue um trabalho inspirado em um estudo sobre Espinosa:
http://soundcloud.com/luciano-de-souza/conatus
Muitíssimo interessante, Luciano de Souza, a sua música Conatus!
ExcluirUm conceito completamente diferente da visão que o mundo tem hoje em relação a Deus . Para muitos , ou grande maioria da população existente no mundo , Deus é um ser metafísico que se localiza em uma camada externa da terra , ja pra ele , Deus faz parte disso tudo que acontece , é uma forma de ligação com a terra , ele esta totalmente presente , sendo , natureza e Deus , juntamente uma força só presente no mundo. Eu particulamente achei muito interessante pelo fato de observar sua coragem , quando li sobre tentativas de assasinato contra ele , e ele sempre manteve seu conceito.
ResponderExcluirLucas Henrique Turma : 1302 '
Você entendeu perfeitamente!
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