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Filme: Laranja Mecânica.
Diretor: Stanley Kubrick’s.
por Juliano
Moreira Oliveira
Sinopse: Em meio a conturbada metrópole, quatro jovens se
transformam em delinquentes saindo na cidade aprontando as mais diversas
atrocidades possíveis. Após um deslize cometido, um deles acaba preso por
acusação de assassinato. Na penitenciária, esse jovem recebe convite do Estado
para participar de “programa” de recuperação de delinquentes. Aceita. Segundo o
Estado, uma lavagem cerebral o livrará de todas as maldades existentes em seu
organismo, trazendo-o de volta a sociedade como um “perfeito” cidadão.
Relação do
filme com a filosofia:
O que o polêmico diretor Stanley Kubrick retrata no filme Laranja Mecânica, é a tentativa frustrada
do Estado de “recuperar” o homem lhe dando um caráter idealizador, criando um
sujeito com virtudes morais para se viver em sociedade.
Em uma breve associação entre o sujeito em
Nietzsche e no filme Laranja Mecânica,
encontraremos as percepções teóricas do filósofo alemão, como uma crítica
moderna da tradição moral/metafísica construída no decorrer da história humana,
e transmitida principalmente pela doutrina judaico-cristã. Em sua primeira obra
filosófica, O Nascimento da Tragédia, Nietzsche o pensador já expõe seu contraponto com a
moral cristã ocidental de idealismo racional, segundo ele já iniciada na
filosofia platônica pós-socrática. Pois ainda em Sócrates poderemos encontrar
indícios de uma ação irracional instintiva, perante as questões cotidianas do
filósofo grego, afirma Nietzsche.
Uma chave para o caráter de Sócrates se
nos oferece naquele maravilhoso fenômeno que é designado "daimom de
Sócrates". Em situações especiais, quando sua descomunal inteligência
começava a vacilar, conseguia ele um firme apoio, graças a uma voz divina que
se manifestava em tais momentos. (NIETZSCHE, p.83).
Um ideal de homem o oprimindo de seus impulsos naturais
está de acordo com um ideal de vida transcendente temente a Deus. Nietzsche
critica também a busca do cristianismo pela "desvalorização do sujeito
amoral". O tipo de vida criticada é justamente aquele que é imposto ao
personagem do filme.
Referências:
NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da
tragédia ou helenismo e pessimismo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2007. Disponível em: <http://www.cranik.com/laranjamecanica.html>. Acesso em 13 agosto 2011.
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